sábado, 3 de março de 2012

Conduta de um persistente


Do zero vem, para o zero vai
Do Uno convém, e do Uno se faz
A essência se obtém, e o resto se desfaz
A carne agora ignora, e o espírito pede mais

Assim como a escada de Jacob
Que a cada degrau, subo com honra
Vejo irmãos ilustres regredí-la
Por conta de obsídios de tua própria sombra

Não quero o doce deste mel podre
Quase sempre sujo, e partidário
Quero o mel de Hermes Trismegisto
Chamado assim, por ser três vezes Sábio

Tanto faz se o degustarei
Sob o piso mosaico ou sob um gramado
Pois a Grande Obra deve ser feita
Junto da solidão de um místico desencarnado

Como solitário vos reconheço
Mas como irmão vos reconheço também
Porém como Ele me reconhece
É aonde está o Segredo do Além

A Obra é grande e a vida é curta
Mas quão longe poderemos ir
Se na atual conjuntura física
Temos um falso ir e vir

Mas com isto não me preocupo
A este plano não me prendo
De aprender a driblar as injúrias
Do Sábio que ganhei não me arrependo.



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